Acabei de voltar do TDC (The Developer’s Conference) e ainda estou processando a experiência. Foi minha primeira vez no evento, e confesso que subestimei completamente o tamanho da coisa. Já palestrei em alguns eventos pelo país, mas nada me preparou para isso.

Neste post, quero compartilhar um pouco da minha experiência, desde a chegada até o que mais me marcou no primeiro dia.

[!NOTE] No próximo post vou contar sobre o conteúdo das palestras, que foi dedicado à trilha de liderança técnica e arquitetura de soluções. Teve muito conteúdo valioso, algumas reflexões importantes e, claro, aquela dose inevitável de “coach” que sempre aparece nesses eventos.

Como Cheguei Lá

A história de como consegui a vaga já vale o relato. Nosso head da tribo no PicPay conseguiu uma entrada e decidiu sortear entre os três times. O pessoal montou rapidinho um algoritmo em PHP baseado nos devs que estavam disponíveis para viajar na data. Durante uma call, com todo mundo assistindo, gravaram a tela e executaram o código. Caiu o meu nome.

A galera deu risada e resolveu sortear de novo, só para ver quem seria o segundo colocado. Adivinhem? Eu de novo. Até brincamos que podia ser erro do algoritmo, mas tínhamos testado antes. Com seis ou sete pessoas na lista, a mesma pessoa cair duas vezes não era tão improvável assim, mas foi engraçado demais ver acontecer ao vivo.

Ganhei em agosto para um evento em setembro. Viajei de Porto Alegre numa terça porque o evento seria de quarta a sexta. Consegui um hotel a uns oito minutos do Pro Magno e, sendo São Paulo uma cidade onde tudo demora uma hora por causa do trânsito, achei que seria moleza chegar cedo. Doce ilusão.

Credenciamento TDC SP 2025

A Primeira Impressão

Peguei um Uber direto para o Pro Magno pensando que chegaria às nove, entraria tranquilo e pegaria o início das palestras às nove e meia. Que ingenuidade a minha. A fila estava gigantesca, mais de uma hora esperando sob o sol. A primeira palestra inteira aconteceu enquanto eu estava ali parado, mas pelo menos o evento era híbrido e consegui acompanhar pelo celular. Virou aquela ironia: presencial remoto, fisicamente no local mas participando online.

Quando finalmente entrei, o impacto foi imediato. Dois andares, credenciamento super organizado, segurança por todo lado, pessoas da coordenação em cada canto, salas e palcos enormes. Minha referência até então eram eventos menores de comunidade, aqueles mais intimistas e calorosos. Isso aqui era outra escala completamente.

Entre os coffee breaks, descobri a feira de estandes e foi uma experiência à parte. Red Hat, pessoal do Grafana, Kinghost, todos ali montados. São players que você usa no dia a dia de trabalho, e de repente estão ali, conversando contigo, distribuindo brindes. Saí carregado: adesivos bacanas, mochilinha, bolsa, caderno, caneta. Agora entendo melhor os caras que enchem o notebook de adesivo (estou louco para fazer isso também, mas ainda tenho pena do Mac).

Participei de todos os sorteios possíveis. Nintendo Switch, fone, várias paradas. É uma coisa que descobri ficando mais velho: quanto mais sorteio você participa, mais chances tem de eventualmente ganhar alguma coisa.

Teve um momento que me marcou: um cara me reconheceu e veio falar comigo. “Pô, te sigo, que legal que você está aqui!” Tirou foto e tudo. É sempre gratificante descobrir que o trabalho ou as coisas que compartilho acabam chegando em outras pessoas, criando alguma conexão.

Os ambientes do evento impressionam pela variedade. Tem lounges onde o pessoal fica conversando naturalmente, espaços dedicados para coworking, hubs de mentoria com sessões acontecendo ao vivo. Descobri até um cantinho para descansar com livros para colorir bem bacanas de brinde, acabei trazendo alguns desenhos para minha pequena.

No final do dia, descobri que tinha happy hour no andar de baixo, no Stadium. Heineken à vontade, salgadinho, DJ tocando, hamburguerias dos food trucks. Foi quando o networking realmente aconteceu. Conheci pessoas da minha própria empresa que ainda não conhecia, troquei ideia com gente de outras áreas. É nessas horas informais que às vezes acontecem as conexões mais interessantes.

TDC SP 2025

O Que Fica da Experiência

Saí do primeiro dia empolgado para os próximos. O principal objetivo além do conteúdo já tinha sido alcançado: fazer networking de verdade. Não apenas trocar cartão, mas ter conversas significativas nos corredores, descobrir projetos interessantes, entender outros contextos.

Se você nunca foi num evento desse tamanho, minha dica principal é: chegue cedo. Aquela fila da entrada não é brincadeira, principalmente no primeiro dia. E não tenha vergonha de puxar conversa, todo mundo está ali pelo mesmo motivo.

Foi uma experiência bem diferente dos outros eventos que frequentei. A estrutura é outra, o público é mais diverso, mas no final das contas o que mais vale continua sendo as pessoas que você conhece e as conversas espontâneas que surgem entre uma palestra e outra.

[!TIP] Se quiser conferir mais fotos da minha experiência no TDC, dá uma olhada no meu Instagram @douglasmedeiros.dev onde postei alguns momentos do evento.